1 de março de 2011

Ciclo

   Ali estava ele, sentado numa cadeira de madeira, já consumida pelo tempo, aos seus pés um gato magro e desengonçado que fitava seu dono com um olhar de piedade, dono que olhava para as vigas de madeira no teto escuro da casa, no colo um livro fexado, este que lhe fora dado por sua falecida mãe há alguns anos; "quando estiver habitando na escuridão medite as palavras aí escritas" dissera ao entregar o livro empoeirado. Já não lembrava mais daquele velho livro, até que o coração apertou, lembrou então do que lhe daria conforto naquele momento.
   Abriu o livro e simultaneamente seus olhos, já não havia mais escuridão, já não havia tristeza. Atirou o livro para longe. Já estava bem, não precisaria mais dele. Esqueceu-se do que lhe fez bem, para lembrar só quando precisasse novamente...

3 comentários:

  1. Não sei nem que palavras usar sem parecer estúpida, é realmente um ótimo texto. Dificilmente sinto essa vontade real de comentar algo que leio, mas sei como é importante saber que um leito se identificou com algo que escrevemos, da uma satisfação boa e por ter gostado de verdade do texto decidi comentar e causar essa sensação ao escritor, ao menos eu imagino que todos escritores sintam. -rs
    Parabéns! :)

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  2. Bom o blog. Gosto do jeito que escreve. Belas as palavras... Parabéns!

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  3. Parabéns Lucas, por tantas coisas ocasionadas por mim mesma, ou não. Eu não sei muito bem o que comentar, vejo o ser humano maravilhoso que se tornou e me orgulho de você. Não que antes já não fosse, pelo contrário.. sempre te achei diferente dos outros garotos! Enfim, seu blog está me comovendo bastante, belas palavras ou sentimentos.

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