11 de maio de 2011

Como Se Fosse Ontem

   Vejo uma pequena criança com o rosto rechonchudo pintado de coelho, as pernas tortas, um olhar perdido e cheio de brilho, uma mente cheia de cor num mundo utópico, e nada além disso, a inocência é exemplar, até de mais.
    Sempre permanecia cabisbaixa porém alegre, feliz todavia incompleta, cheio de angústias, mas a boca permanecia fechada. O rechonchudo cresceu aprendeu a lidar consigo mesmo, e com ele os problemas, e a cada dia que se passava se via uma outra pessoa.
   Ele vem se transformando, a cabeça já levantada, as pernas já não são mais curvas e nem o rosto tão redondo. A felicidade ainda não encontrou, vive apenas experimentando o que é paliativo, os olhos não brilham mais como antes, hoje tem um brilho próprio, o olhar cada dia mais perdido, embora o rumo talvez já esteja traçado.
  Medos permanecem, não só de marcar a alternativa errada na prova de história, mas quando se pergunta: "e agora?". Só se lembra então o quanto queria viver como se fosse ontem.

2 de maio de 2011

Esperar...

    Vivo na espera de que o tempo passe, e com o passar dele, chegue minhas respostas. De tantas noites que chorei e das tardes que debruçado em dúvidas andei, hoje parece que me encontrei. Se antes as palavras não se assimilavam, hoje voltaram a escrever textos, se a mente não raciocinava, passou a ajudar novamente a matemática, dos números e dos pensamentos. Ainda espero...  que eu consiga, espero que dê certo. Se as escolhas fazem a vida, a minha estava sem rumo por isso, desisti de seguir um caminho, na verdade esqueci de andar, esqueci das minhas pernas, esqueci que elas devem caminhar.
    Se parei ou se caí, venho me levantando, se as respostas não apareciam, resolvi por voltar a procura-las. Oras, quem, além de mim, estaria esperando as coisas caírem do céu?! Apenas eu! Que elas vem do céu não há dúvidas, só me esqueci de buscá-las.
    Se transformei minha vida de sonhos em nada que saísse da realidade, hoje não quero mais isso, vou em busca do que é meu!