Tá, e de que adianta?

  E esse tal de ego? Ainda não encontrei sentido para ele, aonde será que Deus escondeu a consciência de que para ser grande basta ser pequeno? Ainda vou encontrar a dificuldade que está escondida por trás da frase: "Me perdoe".
  Santa Ceia, o maior de todos se ajoelha para lavar os pés de seus amigos, para que os ajude a chegar ao entendimento. Porque fazer o contrário? Sobrepor-se indevidamente limitando o pensamento e crescimento de um outro qualquer simplesmente para se sentir maior. Dói demais principalmente por essa dor não ser de sua proveniência, ou será que quem está errado sou eu em esperar isso?
  Mais uma vez coração deve estar falando mais ainda não consigo encontrar essas respostinhas, rezo, essa sabedoria pode não competir a mim, portanto, rezo.

...

  Destino-me a servir. Sorrir é mecânico quando há essa insatisfação incógnita. O que falta? Coração fala de mais mas ainda não consegui escutar nada!

Liberdade (sem o Aurélio)

    A liberdade é a ideia de que podemos fazer o que bem entendermos. De fato temos esse livre arbítrio, temos total autonomia para fazermos o que quisermos, todavia somos sujeitos a qualquer punição às nossas atitudes, então encontramos dois tipos de barreiras, a jurídica, onde temos a nossa juridição que nos impede de fazer algo, do contrário somos punidos, e uma barreira moral, onde temos conceitos morais que nos impedem de praticar o mal, dependendo então do próprio juízo para definir o que vem a ser o mal, e não há uma punição, há apenas a consciência. Podemos levar em consideração nessa ultima barreira, a religiosidade, que limita as atitudes de muitos a fim de seguir um dogma, afim de elevar a capacidade de pensamento e ao encontro de respostas.
    Se a liberdade pode ser entendida como felicidade, temos como felicidade o conjunto de atitudes realizadas em consciência, por nossa vontade, cumprindo nossos valores morais sem repreensão, ou seja, alcançaríamos a paz por meio da liberdade, não a ausência de guerra, mas a satisfação liberta completa.

Como Se Fosse Ontem

   Vejo uma pequena criança com o rosto rechonchudo pintado de coelho, as pernas tortas, um olhar perdido e cheio de brilho, uma mente cheia de cor num mundo utópico, e nada além disso, a inocência é exemplar, até de mais.
    Sempre permanecia cabisbaixa porém alegre, feliz todavia incompleta, cheio de angústias, mas a boca permanecia fechada. O rechonchudo cresceu aprendeu a lidar consigo mesmo, e com ele os problemas, e a cada dia que se passava se via uma outra pessoa.
   Ele vem se transformando, a cabeça já levantada, as pernas já não são mais curvas e nem o rosto tão redondo. A felicidade ainda não encontrou, vive apenas experimentando o que é paliativo, os olhos não brilham mais como antes, hoje tem um brilho próprio, o olhar cada dia mais perdido, embora o rumo talvez já esteja traçado.
  Medos permanecem, não só de marcar a alternativa errada na prova de história, mas quando se pergunta: "e agora?". Só se lembra então o quanto queria viver como se fosse ontem.

Esperar...

    Vivo na espera de que o tempo passe, e com o passar dele, chegue minhas respostas. De tantas noites que chorei e das tardes que debruçado em dúvidas andei, hoje parece que me encontrei. Se antes as palavras não se assimilavam, hoje voltaram a escrever textos, se a mente não raciocinava, passou a ajudar novamente a matemática, dos números e dos pensamentos. Ainda espero...  que eu consiga, espero que dê certo. Se as escolhas fazem a vida, a minha estava sem rumo por isso, desisti de seguir um caminho, na verdade esqueci de andar, esqueci das minhas pernas, esqueci que elas devem caminhar.
    Se parei ou se caí, venho me levantando, se as respostas não apareciam, resolvi por voltar a procura-las. Oras, quem, além de mim, estaria esperando as coisas caírem do céu?! Apenas eu! Que elas vem do céu não há dúvidas, só me esqueci de buscá-las.
    Se transformei minha vida de sonhos em nada que saísse da realidade, hoje não quero mais isso, vou em busca do que é meu!

Tenho Certeza do Que me Demora

       Segundo o Aurélio; demorado: Que demora, de duração relativamente longa.

      Mas há uma coisa, caríssimos, de que não vos deveis esquecer: um dia diante do Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia

2Pedro, 3 : 8

      Já ouvi dizer que o gênio é aquele que entende o óbvio, de fato. Não é porque demora que não vai chegar a hora, o que nós não conseguimos entender é o porque da demora.

      A demora incomoda, mas prepara, é quando devemos nos conscientizar da condição humana em que vivemos e saber que o que é bom tem que ser preparado com o tempo, e na hora certa tudo acontece. 

    Permaneça calmo, o que lhe demora está sendo trabalhado com carinho pelas mãos de Deus

Ciclo

   Ali estava ele, sentado numa cadeira de madeira, já consumida pelo tempo, aos seus pés um gato magro e desengonçado que fitava seu dono com um olhar de piedade, dono que olhava para as vigas de madeira no teto escuro da casa, no colo um livro fexado, este que lhe fora dado por sua falecida mãe há alguns anos; "quando estiver habitando na escuridão medite as palavras aí escritas" dissera ao entregar o livro empoeirado. Já não lembrava mais daquele velho livro, até que o coração apertou, lembrou então do que lhe daria conforto naquele momento.
   Abriu o livro e simultaneamente seus olhos, já não havia mais escuridão, já não havia tristeza. Atirou o livro para longe. Já estava bem, não precisaria mais dele. Esqueceu-se do que lhe fez bem, para lembrar só quando precisasse novamente...

Deixa...

Deixa que o orgulho se vá
Deixe que o coração fale mais alto
Deixe-se ser feliz
Deixe-se aproveitar enquanto é tempo
Deixe-se amar e ser amado
Deixa o tempo cuidar
Deixa as feridas cicatrizarem
Deixe que falem
Deixa que aconteça
Deixe-se ser feliz HOJE
Não deixe que seja TARDE DEMAIS

Tire As Sandálias, Pois Este Solo Em Que Pisas É Santo

    Dor latejante, de todas, a maior é olhar-se. Tocar nas próprias feridas e revirar a personalidade, destruir o coração para abrir os olhos. Mais uma vez lembrando de Fernando Anitelli, "para dilatarmos a alma, temos que nos desfazer".
    Problemas existem, e por menores que sejam, são seus. São a sua marca, e cada uma das feridas marcadas no coração, são parte de um todo que é a sua personalidade. São nós que aparecem em nossa vida, porém não são desatados e para seguirmos em frente aprendemos a deixa-los para traz, quando na verdade o que realmente cura não eh ultrapassar a barreira, mas sim retira-la do caminho, o que nem sempre é tão fácil.
   Todas a dores devem ser tratadas, e não é algo que possa ser banalizado, tal como o exemplo dado no livro "carta entre amigos", diante de uma árvore que queimava sem se consumir, assim como nosso coração as vezes machucado não se consome, apenas dói, Deus disse a Moisés; "tire as sandálias, pois este solo em que pisas é santo", toda dor é território santo, ninguém tem o direito de agir na sua dor, pois não lhe compete, não adianta esperar a solução de fora, por mais que doa, o dedo a tocar na ferida do seu coração tem que ser o seu, o que torna ainda mais difícil a cura.

Sobriedade nas atitudes

    Ser sóbrio... Quantas vezes uma unica frase nos faz infeliz por tanto tempo. Meu professor de português, quem me ensinou mais do que gramática, disse a todos em uma tarde em minha sala de aula, estávamos levando sermão por alguma coisa que não me lembro bem, ele disse "três coisas que nunca voltarão; a flecha lançada, a palavra proferida e a oportunidade perdida". Já faz anos e nunca me esqueço disso.
   Algo que se faz não tem mais volta, me lembro de quantas vezes eu poderia ter evitado alguma situação, mudando apena uma atitude, ou por ter falado algo de errado, ou quem sabe por não ter dito nada. A vida é para quem sabe se arriscar, não para alguém que vive se arriscando. Os verdadeiros vencedores, não são os que viveram se arriscando ou sendo cautelosos demasiadamente, mas os que souberam o que fazer na hora exata.
   Uma atitude pode resultar num sucesso permanente, como também pode fazê-lo infeliz. Uma carruagem não passará duas vezes na porta de sua casa, aproveite tudo o que lhe convier, os que são dignos da felicidade são aqueles que souberam se arriscar sobriamente