Vejo uma pequena criança com o rosto rechonchudo pintado de coelho, as pernas tortas, um olhar perdido e cheio de brilho, uma mente cheia de cor num mundo utópico, e nada além disso, a inocência é exemplar, até de mais.
Sempre permanecia cabisbaixa porém alegre, feliz todavia incompleta, cheio de angústias, mas a boca permanecia fechada. O rechonchudo cresceu aprendeu a lidar consigo mesmo, e com ele os problemas, e a cada dia que se passava se via uma outra pessoa.
Ele vem se transformando, a cabeça já levantada, as pernas já não são mais curvas e nem o rosto tão redondo. A felicidade ainda não encontrou, vive apenas experimentando o que é paliativo, os olhos não brilham mais como antes, hoje tem um brilho próprio, o olhar cada dia mais perdido, embora o rumo talvez já esteja traçado.
Medos permanecem, não só de marcar a alternativa errada na prova de história, mas quando se pergunta: "e agora?". Só se lembra então o quanto queria viver como se fosse ontem.
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